Revista Real Notícias
10 de out de 2023
Atualizado: 21 de nov de 2023
Um dos segredos de uma vida saudável, sem problemas de sobrepeso, está em parar de comer antes de se sentir saciado. O ensinamento está Hara hachi bu.
Desde 2005, está em vigor no Japão a lei Shuku Iku destinada à educação infantil, estabelecendo uma cultura social em torno da alimentação e dos exercícios físicos leves e naturais.
O resultado já está aparecendo. O país tem uma baixíssima taxa de obesidade com apenas 3,5%. Na França e Itália os percentuais de sobrepeso atingem 21% e 22%, enquanto nos Estados Unidos, 33,6% e no Brasil, 17%.
Sabe aquela frase, “comi tanto que fiquei até triste”. É exatamente o oposto que devemos fazer.
A ideia ocidental de “comer até não aguentar mais” cai por água abaixo com o Hara hachi bu.
O Hara hachi bu é um ensinamento confucionista que instrui as pessoas a comer até estarem 80% saciadas.
Elas devem perceber quando sentirem uma certa sensação de saciedade e abandonar o prato.
Ilha da longevidade
Para analisar os segredos dos japoneses, foi tomada como exemplo a província de Okinawa
.
A província reúne mais de 150 ilhas na zona marítima do Japão. A população local costuma viver mais de 100 anos.
Os especialistas concluíram que vários fatores contribuem para a longevidade dos japoneses da província, como o clima, os recursos naturais, a forma de encarar a vida e, claro, a alimentação.
A partir daí, foi reunida uma espécie de manual com as cinco dicas dos japoneses para manter o peso sem fazer dieta, uma vida mais saudável e longeva.
1 – Seguir método Hara Hachi Bu
Hara hachi bu é um ensinamento confucionista que instrui as pessoas a comer até estarem 80% saciadas ou quando sentirem uma certa sensação de saciedade.
O hábito vai em oposição ao costume de ocidental de comer até “não aguentar mais”.
2 – Comer alimentos de fácil digestão
Os japoneses comem alimentos de fácil digestão. Não costumam consumir muitos produtos industrializados ou químicos. Os alimentos naturais e crus são priorizados principalmente no verão. Os favoritos são o arroz, o peixe, o marisco, os legumes e as infusões quentes.
Desde que nascem, os japoneses seguem rotinas alimentares saudáveis que se caracterizam por serem baixas em calorias e pobres em gorduras. As plantas e ervas da medicina tradicional, como a cúrcuma, têm precedência e dão protagonismo aos alimentos de origem vegetal.
Alimentos ultraprocessados, açúcares refinados ou gorduras trans não têm lugar na sua dieta.
Os japoneses não estão acostumados a realizar rotinas de treinamento extremas como é mais comum no Ocidente. Praticam atividades físicas de intensidade moderada ou baixa, como caminhada diária, ioga ou alongamento.
Na infância, os japoneses aprendem que a práticas de “undokai” e “taiso” – exercícios suaves e descontraídos que buscam maior amplitude de movimento – que são realizadas todas as manhãs nas escolas. e no local de trabalho. Andar a pé e de bicicleta faz parte da rotina dos japonese.
George Ohsawa, filósofo japonês, criou a macrobiótica. É uma filosofia de vida baseada na dieta, exercícios, meditação e energia yin e yang. A base é comer, viver em harmonia e buscar o equilíbrio do corpo.
Para o cumprir, os alimentos consumidos, de preferência os produtos biológicos e de temporada, seguindo o princípio do Yin e do Yang.
Os alimentos se dividem em cereais integrais, como arroz integral, aveia, cevada, trigo sarraceno ou quinoa (entre 40 e 60%), frutas e legumes (entre 20 e 30%) e produtos de origem animal e derivados (entre 10 e 25%). .
Os chamados “ofurô” ajudam o corpo a queimar calorias e aumenta a taxa metabólica, segundo estudos. Nos banhos de imersão, os japoneses relaxam, hidratam e desintoxicam a pele.
Na banheira de ofurô feita de madeira, a água deve ser mantida em torno de 40ºCelsius. A pessoa deve entrar no local e cobrir até os ombros e tentar relaxar.