Desvalorização do real frente a euro e ofertas do mercado animam
estrangeiros que querem investir no país
Desde o início da pandemia do coronavírus, a alta demanda interna por imóveis em áreas rurais e cidades do interior também fizeram avançar no mercado brasileiro o interesse de estrangeiros em terras e imóveis. Em especial, os chineses e árabes europeus começaram a procurar investimentos aqui.
Há anos uma comissão de agronegócio da Câmara dos Deputados acompanha grupos de chineses e russos no cinturão MATOPIBA – Mato Grosso, Tocantins, Piuaí e Bahia – em visitas a terras, onde os investidores adquirem terras para plantio de grãos.
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O negócio avançou desde o início da pandemia para imóveis , com investimentos médios ou pequenos. Engana-se quem acha que a pandemia estagnou ou prejudicou o mercado imobiliário no País. Só fez valorizar – inclusive chácaras e imóveis no interior.
Investidores chineses querem erguer uma cidade inteligente e auto-sustentável no litoral baiano, próximo à região metropolitana de Salvador. Entre a cidade de Jaguaripe e a foz do rio Jiquiriçá. O banqueiro Daniel Dantas, aliás, tem uma extensa faixa de terras neste litoral. O próprio Dantas – embora negue, os locais indicam ser dele – está vendendo 126 hectares numa praia de Caraíva, no litoral Sul de Porto Seguro.
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Um grupo do Oriente Médio comprou no início do ano uma pousada no centro histórico da cidade turística de Pirenópolis, em Goiás. E agora avalia a compra de uma casa ofertada por R$ 8 milhões na Rua Aurora, a mais charmosa da cidade. Qualquer imóvel na rua de 300 metros – um deles é do embaixador Sérgio Amaral – não sai por menos de R$ 2 milhões.
Já o setor de eventos sofre com a pandemia e as restrições. Uma empresa de eventos que reúne jornalistas estrangeiros no Brasil os consultou sobre uma edição presencial, no fim do ano, por aqui. Nenhum deles, de sete países, quer vir. Todos estão com medo do Brasil.
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