O Brasil, que já tinha perdido a sua poesia – basta comparar as letras de músicas das décadas de 70 a 90 com as de hoje – perde agora um pouco do seu humor. Fomos acordados nesta quinta-feira, dia 5 de agosto com a triste e surpreendente notícia da morte de um dos maiores ícones da televisão brasileira: José Eugênio Soares, 84 anos, mais conhecido como Jô Soares não era apenas um comediante, como muitos possam equivocadamente vir a pensar. Ele era humorista, apresentador de TV, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico. Nosso grande Jô estava internado com pneumonia no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista desde o dia 28 de julho.
Deixou um vazio entre todos nós, principalmente nas gerações que o acompanharam nas décadas de 70 a 2000. Falar de Jô Soares e de sua importância sobre os diferentes aspectos da vida cultural e artística torna-se redundante e desnecessário diante de tudo o que vocês já devem te lido sobre ele antes e após a sua morte.
Então, a única coisa que eu queria ressaltar é que juntamente com Chico Anísio, Jô Soares foi a vai ser um nome lembrado e reverenciado não só pelas gerações que o acompanharam em sua trajetória pública, mas também pelas gerações que estão a caminho. Afinal, só na televisão, foram centenas de personagens que ele criou ao longo de toda sua carreira profissional nos programas humorísticos produzidos por ele, grande parte na TV Globo.
Ao longo dos últimos 16 anos de sua carreira na TV Jô comandou o talk show mais famoso do país, o Programa do Jô, onde entrevistava as figuras mais engraçadas e bizarras desse país, além das celebridades nacionais e internacionais, já que era poliglota e dominava vários idiomas com fluência de dar inveja a qualquer estudante de letras.
Quero terminar essa coluna publicando uma frase muito bonita da sua ex-mulher, Flavia Pedra que foi quem anunciou a morte do Jô para nossa tristeza. Ela disse o seguinte: “Você é orgulho para todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem”, escreveu Flávia.
O corpo do apresentador foi cremado, vocês já até devem saber, em Mauá, na Grande São Paulo em cerimônia restrita a familiares e amigos próximos.
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