Procuradoria pede liberdade provisória, mas com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. Decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda-feira (17) a revogação da prisão do ex-ministro Anderson Torres. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o subprocurador Carlos Frederico Santos, coordenador do “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos” condicionou, no entanto, que a liberdade provisória seja concedida com medidas cautelares (sanções mais leves), como o monitoramento pelo uso de tornozeleira eletrônica; que ele seja proibido de sair do Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados, além da manutenção de seu afastamento do cargo de delegado da Polícia Federal (PF).
Torres está preso desde 14 de janeiro e é investigado por omissão e convivência com os ataques criminosos que destruíram as sedes dos três Poderes em Brasília em 8 de janeiro. Essa foi a segunda vez que sua defesa ingressou com um pedido de soltura. O primeiro foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que o investigado, no início de março. Na ocasião, a PGR também foi contrária à soltura de Torres.
Desta vez, o subprocurador argumentou que "considerando o cenário atual das investigações" o monitoramento eletrônico e a restrição de deslocamento são providências adequadas ao caso e garantem o cumprimento da lei penal.
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