
O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, foi convencido a retirar do texto final da comissão a sugestão de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de genocídio e homicídio. A decisão foi anunciada pelo presidente da CPI Omar Aziz.
No documento eram imputados ao senhor presidente, 11 crimes. Foram mantidas as acusações de crime de epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crime contra a humanidade e crimes de responsabilidade.
Os membros do grupo também retiraram a proposta de indiciamento do pastor Silas Malafaia por disseminação de fake news, do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) por crime de advocacia administrativa e improbidade administrativa e do secretário especial de Saúde Indígena Robson Santos da Silva.
As decisões foram tomadas na noite de terça-feira 19 após reunião da cúpula da CPI na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O relatório final será votado na próxima semana.
Opinião do Editor.
Essa CPI já começou errada. Primeiro foi a escolha do presidente um ficha suja, e até o momento, sem expressão nacional. Depois, a escolha de Renan Calheiros para relator; não preciso comentar sobre esse senador da república, transparece uma piada e um tapa na cara do cidadão de bem. Um senador da república que não possui a mínima credibilidade, como homem público, honesto e honrado. E ainda, por cima, um "cara de pau" fazendo força para ser protagonista de uma CPI política.
Não sou contra a CPI... acho que transparência é muito importante para a sociedade e faz parte da democracia. Mas que faça uma CPI republicana, com a atuação de políticos sérios e dignos de um senado da república. Uma participação plural dos senadores.
Por enquanto é isso aí....