Chilli Beans abandona dólar, dribla tarifaço de Trump e dispara nas vendas

O tarifaço imposto por Donald Trump contra a China se transformou em oportunidade para Caito Maia, CEO da Chilli Beans. O empresário decidiu romper com a dependência do dólar e passou a pagar seus fornecedores chineses diretamente em renminbi, a moeda oficial da China — medida que já trouxe ganhos expressivos no câmbio.

“Queremos que o uso do dólar não volte nunca mais. Todas as transações com a China — moeda, compra e comércio — serão feitas diretamente”, afirmou Maia.

A estratégia não é passageira. Pela primeira vez em 28 anos de história, a Chilli Beans deixa de usar o dólar nas compras externas. A relação com a China, que começou há 30 anos, é sólida: mesmos parceiros há 25 anos, confiança mútua e um histórico de cooperação.

Com a mudança, a marca ganha mais competitividade no cenário global e já traça novos passos: ampliar presença na Ásia, começando pela Indonésia, onde já tem 10 pontos de venda. A meta é chegar a 3.200 lojas nos próximos cinco anos.

O plano inclui o projeto Eco Chilli, que levará contêineres sustentáveis para cidades com menos de 50 mil habitantes.

Com faturamento anual de R$ 1,4 bilhão e estratégia agressiva de expansão, Caito Maia reforça seu recado aos empreendedores: “Não faça o que todo mundo faz. Tenha coragem, atitude e seja diferente. É assim que se conquista o mercado.”