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Dirigente do Talibã anuncia que o Afeganistão voltará a praticar execuções e amputações

Atualizado: 30 de set. de 2021


Nooruddin Turabi, dirigente do Talibã, posa em uma entrevista nesta quarta-feira em Cabul.



O ministro das Prisões do regime do Talibã, Nooruddin Turabi, anunciou que o regime vai retomar as execuções e amputações de mãos para castigar delinquentes, embora possivelmente não impondo esses castigos publicamente, como no passado. “Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”, disse o veterano dirigente da milícia islâmica em uma entrevista à agência de notícias norte-americana Associated Press.


Turabi, um dos fundadores do movimento fundamentalista e o principal executor de sua dura interpretação da lei islâmica, advertiu que ninguém deve interferir no novo regime afegão. “Ninguém nos dirá quais devem ser nossas leis. Seguiremos o islã e faremos nossas leis respeitando o Corão”, sentenciou.


Ao mesmo tempo, ignorou a indignação internacional contra as execuções que o Talibã praticava na outra vez em que governou o Afeganistão, entre 1996 e 2001. “Todos nos criticaram, mas nunca dissemos nada sobre as leis e castigos de quem nos criticou”, afirmou Turabi em Cabul.


Desde que o Talibã invadiu Cabul e reassumiu o controle do país, em 15 de agosto, os afegãos e a comunidade internacional acompanham muito de perto seus movimentos para tentar entender se a milícia pretende reinstaurar as rígidas regras que impôs na década de 1990. A entrevista com Turabi mostra que os líderes do grupo permanecem ancorados na linha-dura do movimento e numa visão de mundo profundamente conservadora.


Turabi, hoje com 60 anos, foi ministro da Justiça e chefe do chamado Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício durante o anterior Governo do Talibã, derrubado pela invasão norte-americana de 2001. Esta pasta já foi recriada pelo novo regime, que decidiu estabelecer sua sede no local onde até recentemente funcionava o extinto Ministério de Assuntos da Mulher.


Na entrevista à AP, Turabi aceitou falar com uma jornalista, um sinal, segundo ele, de que houve mudanças com relação ao passado. O mulá explicou que a base jurídica do Afeganistão será o Corão e que os mesmos castigos serão restabelecidos, mas que desta vez as mulheres também poderão julgar os casos.


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