google-site-verification=lbjueM2tO1RF8DU_YVArfBjlwLINtJ5N-0i3bpcVFVo Artigo: "CPI da Covid tem que mirar em 2022, mas não na eleição"https://www.revistarealnoticias.com/post/artigo-cpi-da-covid-tem-que-mirar-em-2022-mas-não-na-eleiçãohttps://static.wixstatic.com/media/0ab023_c5030b6eaa7b46428df265e69219a329~mv2.jpg/v1/fill/w_810,h_539,al_c,lg_1,q_85/0ab023_c5030b6eaa7b46428df265e69219a329~mv2.jpg
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Artigo: "CPI da Covid tem que mirar em 2022, mas não na eleição"

"Senadores precisam descobrir o que está sendo feito e contratado para garantir uma campanha nacional mais célere e abrangente no ano que vem"


A Constituição de 1988 não é chamada de cidadã à toa. Trouxe de volta muitos direitos civis e sociais que ficaram escondidos sob os porões da ditadura. A atual Carta Magna, no entanto, também passou a valorizar a investigação parlamentar. E é nas CPIs que o trabalho fica mais nítido. Afinal, nelas, os congressistas dispõem de poderes próprios de autoridades judiciais, como a quebra de sigilos e até a decretação de prisão.


A vida política pós-regime militar no Brasil é recheada de grandes CPIs. As investigações sobre o esquema de PC Farias no governo Collor, os anões do Orçamento, bingos (caso Cachoeira) e mensalão são belos exemplos de como contribuíram para o crescimento institucional do país. Revelaram não só corrupção e desvio de dinheiro público, mas, também, deixaram claro para a sociedade como poderosos da República atuavam nos gabinetes da Esplanada.


Agora, em meio à mais grave crise sanitária e econômica dos últimos 100 anos, uma nova CPI pode, sim, ser um novo marco no combate à pandemia no Brasil. Criada para investigar as ações do governo federal, a apuração conduzida pelos senadores tem tudo para apontar as falhas na gestão de pessoal e de recursos públicos contra o novo coronavírus. Mas é preciso, primeiro, superar essa guerra de narrativas entre governistas e oposição. É evidente que os aliados do Planalto vão tentar de tudo para retardar o trabalho da comissão, mas a CPI não pode ser palco de uma batalha eleitoral. Não é hora, nem isso que está em investigação.



É preciso, por exemplo, que a CPI olhe para o passado e mire o futuro. Veja o que ocorre no processo de vacinação. Cada pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é para dizer que virão menos doses do que o previsto. Como assim? Onde está a falha? São perguntas importantes que merecem respostas. Mas é preciso ter em mente também como será em 2022. Não, não estou falando de eleição, mas, sim, sobre o que está sendo feito e contratado para garantir uma campanha nacional mais célere e abrangente no ano que vem. Quem serão os fornecedores? Todos nós queremos um futuro melhor que o presente. E a CPI poderá, sim, contribuir. É o que esperamos.

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