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Mortes ligadas ao álcool são maiores na população negra, diz pesquisa

A disparidade é ainda mais pronunciada quando analisamos os dados por gênero. A taxa de mortalidade entre mulheres pretas e pardas é de 2,2 e 3,2, respectivamente


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A nova edição da pesquisa Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2024, feito pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), mostrou que pessoas pretas e pardas lideram em mortes ligadas ao uso de álcool. Conforme a pesquisa, em 2022, a taxa de óbitos atribuíveis ao álcool entre a população negra foi de 10,4 por 100 mil habitantes. Em contrapartida, entre as pessoas brancas, essa taxa foi de 7,9.


A disparidade é ainda maior quando analisamos os dados por gênero. A taxa de mortalidade entre mulheres pretas e pardas é de 2,2 e 3,2, respectivamente. Entre mulheres brancas esse número cai para 1,4, o que representa uma diferença bastante significativa. Além disso, é importante destacar que 72% das mortes relacionadas a transtornos mentais e comportamentais associados ao consumo de álcool ocorrem entre mulheres pretas e pardas.



Para socióloga o estudo aponta uma desigualdade na saúde


O número de mortes ser maior na população preta e parda não significa que esses grupos consumam mais álcool do que a população branca. A socióloga e coordenadora do CISA, Mariana Thibes, explica que o número maior de óbitos não se dá pela quantidade de álcool consumido, mas pela desigualdade de acesso à saúde. “O que explica a diferença nas mortes é a desigualdade em saúde, ou seja, quando se deparam com o problema do uso abusivo, negros têm acesso muito menor a tratamentos de qualidade do que os brancos”, apontou Thibes. 


Ela também explica que a discriminação está ligada à deterioração da saúde mental, aumentando a probabilidade de desenvolver diversos transtornos, incluindo o alcoolismo. “Isso ocorre pela via do estresse gerado pela experiência da discriminação. É sabido, ademais, que o uso de álcool como recurso para enfrentar dificuldades é um importante fator de risco para desenvolver dependência”, afirma Mariana. 


Internações por álcool


Quando analisados os dados relacionados às internações totalmente atribuíveis ao álcool por 100 mil habitantes, em 2023, a taxa foi aproximadamente metade da registrada em 2010, reduzindo-se de 57 internações por 100 mil habitantes para 27 por 100 mil habitantes.


Por outro lado, a proporção de óbitos entre os pacientes hospitalizados devido ao uso de álcool aumentou de 3% para 6% ao comparar os anos de 2010 e 2023, o que pode estar relacionado ao aumento no número de internações de indivíduos em condições críticas.


Fonte: Correio Brasiliense


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