google-site-verification=lbjueM2tO1RF8DU_YVArfBjlwLINtJ5N-0i3bpcVFVo Número real de infeções na África pode ser 97 vezes superior ao registadohttps://www.revistarealnoticias.com/post/número-real-de-infeções-na-áfrica-pode-ser-97-vezes-superior-ao-registadohttps://static.wixstatic.com/media/248555_578805a21c2841ff8d2780f6fdaf0b65~mv2.jpg/v1/fill/w_960,h_540,al_c,lg_1,q_85/248555_578805a21c2841ff8d2780f6fdaf0b65~mv2.jpg
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Número real de infeções na África pode ser 97 vezes superior ao registado

A diretora regional da OMS para África disse numa conferência de imprensa que "a análise mostra que os casos confirmados de covid-19 atualmente notificados são apenas uma fração do número total de infeções no continente".



O número real de infeções por SARS-CoV-2 em África pode ser até 97 vezes superior aos casos oficialmente registados, de acordo com um estudo divulgado esta quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


"A análise mostra que os casos confirmados de covid-19 atualmente notificados são apenas uma fração do número total de infeções no continente", disse a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, durante uma conferência de imprensa virtual.


O estudo, que ainda não foi submetido à revisão por pares pela comunidade científica (uma avaliação por peritos externos), baseia-se em 151 outros estudos sobre seroprevalência - imunidade existente devido a infeção ou vacinação anterior - em África, publicados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021.



Segundo a investigação, a exposição ao vírus em África aumentou de 3%, em janeiro de 2020, para 65%, em setembro de 2021, o equivalente a cerca de 800 milhões de infeções, em comparação com os 8,2 milhões de casos oficialmente notificados nessa altura no continente africano.


No entanto, a seroprevalência documentada nestes estudos varia muito entre diferentes grupos demográficos - sendo mais elevada nas zonas urbanas e densamente povoadas e mais baixa nas zonas rurais e pouco povoadas - e grupos etários, com menos infeções entre crianças com menos de 09 anos do que entre adultos.


A exposição ao vírus foi também maior na África oriental, ocidental e central, de acordo com a OMS.

"Estes dados permitem-nos conhecer a situação real e colocam-nos em melhor posição para intervir", disse Moeti.

Em comparação com os números africanos, a média global indica que as infeções reais são pelo menos 16 vezes superiores às comunicadas, o que significaria que mais de 45% da população mundial foi exposta ao vírus.


Contudo, como os estudos foram conduzidos ao longo de diferentes períodos de tempo, é difícil comparar resultados globais com resultados africanos.


A resposta à pandemia em África, segundo Moeti, foi marcada por uma maioria de casos (67%) assintomáticos, tornando a deteção difícil num continente onde os testes se concentravam em viajantes e pacientes que chegavam a centros médicos com sintomas.


"Esta sub contagem está a acontecer em todo o mundo e não é surpreendente que os números sejam particularmente elevados em África, onde há tantos casos sem sintomas" e casos ligeiros, com uma menor proporção de pessoas com fatores de risco como diabetes, hipertensão e outras doenças crónicas, de acordo com a OMS.


A este respeito, Moeti salientou que "os testes permitem-nos seguir o vírus em tempo real, monitorizar a sua evolução e controlar o aparecimento de novas variantes", e apelou aos países para que aumentem os testes e a vigilância genómica do vírus.


Até à data, o continente registou cerca de 11,5 milhões de casos e mais de 252.000 mortes, de acordo com dados da OMS.



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