Impeachment de Moraes? 6 respostas sobre pedido de aliados de Bolsonaro
- Revista Real Notícias

- 6 de ago.
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Atualizado: 13 de ago.
Congresso trava e o governo surta: oposição usa a única arma que tem — o regimento

Depois da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro — medida que mais pareceu vingança de novela venezuelana do que decisão jurídica —, a oposição resolveu apertar o freio do Congresso. E o que era para ser só mais uma terça-feira de votações sonolentas virou crise institucional (pelo menos na cabeça da base governista).
Com um protesto regimental — algo absolutamente legítimo e previsto em qualquer manual básico de democracia —, deputados e senadores aliados do ex-presidente decidiram que não iam continuar fingindo que está tudo normal enquanto o STF transforma jurisprudência em ficção jurídica.
A lista de “crimes” da oposição? Exigir:
Anistia para os manifestantes do 8 de janeiro (a esquerda chama de “golpistas”, mas finge que o MST nunca existiu);
Impeachment de Alexandre de Moraes (o “semi-deus” de toga);
Fim do foro privilegiado (mas isso o governo não quer nem ouvir falar, claro — vai que a Justiça de 1ª instância funcione?).
A cena da manhã, com parlamentares se reunindo na rampa do Congresso, bastou para causar chilique na base governista. “É um novo 8 de janeiro!”, gritou o senador Randolfe Rodrigues, como se fotos e discursos indignados fossem equivalentes a invasão e vandalismo. Vai ver, para ele, o maior perigo democrático é a oposição... funcionando como oposição.
Segundo Randolfe, a paralisação impede a votação de projetos “essenciais”, como o ajuste da tabela do IR — algo que o governo está prometendo desde a campanha de 2018 e que sempre morre na gaveta. Mas agora, de repente, virou urgência nacional.
Já Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, lembrou o óbvio: “São projetos normais, nada de extraordinário. Estamos apenas fazendo nosso trabalho.” Mas claro, quando a oposição trabalha, o governo chama de ameaça.
Enquanto isso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), segue em seu esporte favorito: a arte de não decidir nada. O impeachment de Moraes? Está em cima da mesa. Só falta coragem — ou vergonha — para admitir que não vai andar.
Resumo da ópera: o STF prende, o governo aplaude, e quando o outro lado reage, vira “crise”. A oposição faz política, o governo faz drama. E o povo assiste ao espetáculo comendo pipoca... ou tentando entender quem ainda manda nesse país.



































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