google-site-verification=lbjueM2tO1RF8DU_YVArfBjlwLINtJ5N-0i3bpcVFVo Ainda existe uma certa vergonha em beber cachaça.https://www.revistarealnoticias.com/post/ainda-existe-uma-certa-vergonha-em-beber-cachaçahttps://static.wixstatic.com/media/248555_3abaf13c6d5c4179871831a3f1b4d6fc~mv2.jpg/v1/fill/w_1000,h_666,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01/248555_3abaf13c6d5c4179871831a3f1b4d6fc~mv2.jpg
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Ainda existe uma certa vergonha em beber cachaça.

Se tu ainda chegas no bar e pede uma cachaça em tom bem baixo ao garçom, saiba que não está sozinho, muitos ainda o fazem.




A cachaça sempre foi tida como a bebida dos pinguços, gente pobre, sem cultura , duros malucos, mendigos, bebuns, violentos etc etc. Diferente do Vinho, do Whisky, da Vodka, da Tequila e de outras bebidas que sempre foram consideradas mais nobres e consumidas pela parcela mais abastada da população.


Nos tempos de escravidão no Brasil, a cachaça foi muito usada na troca dos negros que chegavam da África. Muitos navios foram carregados de cachaça ao voltarem aos países que os enviavam escravizados para cá.


Pela história, africanos tornam-se grandes consumidores de cachaça, com isso, a Coroa Portuguesa começa a preocupar-se. Foi então decretada a proibição da produção da cachaça, pois já representava concorrência e menos lucro para os produtores de bagaceira de Portugal.


Assim, em 1635 surgiu a primeira lei proibindo o consumo da cachaça. Mas com a fiscalização das autoridades coloniais quase nula, a bebida continuou sendo produzida e vendida.




Em 1647, foi criada a Companhia Geral do Comércio. Empresa portuguesa que passou a ter o monopólio da venda de vários produtos nas colônias, incluindo as bebidas alcoólicas. Mas de pouco adiantou: a bebida brasileira fazia tanto sucesso que começou a ser contrabandeada para Angola, também domínio Português.


Por outro lado, fazendeiros produtores de cachaça protestam, e daí veio a Revolta da Cachaça. Em 1660, a produção de cachaça é liberada sem restrições e se expande pelo Brasil.


Nos palácios e entre os nobres, crescia o prestigio da cachaça e a bebida chegou a ser introduzida em cerimônias religiosas. Mas, na segunda metade daquele século, com a ascensão da burguesia brasileira e da europeia no Brasil, recomeça o preconceito sobre as raças e diretamente sobre a bebida consumida por eles.



Finalmente acontece a virada, vitória da cachaça, que resiste às perseguições e preconceitos. A bebida se valoriza. Cantada por artistas populares, passar a ser reconhecida como símbolo nacional. Seu consumo começa a ser visto e apreciado em todas as classes sociais.


Na atualidade, a cachaça ganha produção em grande escala, qualidade e concorrência entre pequenos e grandes produtores, e cresce a disputa pela preferência do consumidor de classes abastadas. As discussões e publicações sobre cachaça ganham força, e a bebida cada vez mais faz parte do cotidiano dos brasileiros, mas ainda assim cheia de preconceito.

Muitos nunca provaram, outros por ignorância, falta de conhecimento sobre a bebida e má vontade mesmo, sentem vergonha de beber cachaça e serem visto como cachaceiros fracassados.


Para acabar com isso, o mercado está investindo pesado em tecnologia, controle de qualidade, padronização, envelhecimento e marketing, tentando transmitir ao consumidor uma nova postura.


Os produtos da bebida premium e extra premium (ver artigo explicativo aqui), estão mais valorizados sendo melhor apresentados. Exemplos de produtos que investem não faltam, (aqui as consideradas melhores: Porto Morretes Premium; Reserva do Gerente Carvalho; Companheira Extra Premium; Sanhaçu Umburana; Reserva 51; Porto Morretes


Tradição; Weber Haus Extra Premium Lote 48 (6 anos), entre outras.).


Hoje já conquistam o mundo e fazem sua fama entre os destilados.


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